Mudanças climáticas e o futuro do meio ambiente

Especialistas no assunto discutem a importância de políticas públicas para combater os extremos climáticos e proteger os recursos naturais do Brasil

Por:Maria Clara Lima

Mãos acolhendo o crescimento de uma nova vida/Fonte: Internet


No mês de junho, comemoramos o Dia do Meio Ambiente (dia 05),instituído pela Organização das nações unidas (ONU) em 1972. Essa é uma data crucial e importante para refletirmos sobre as questões da prevenção ambiental. Todos os anos, presenciamos especialistas e Organizações Não-Governamentais (ONGs) ambientais alertando sobre o aquecimento global . No ano passado, sentimos bem essa mudança climática.

Segundo a revista Pesquisa FAPESP, 2023 foi o ano mais quente dos últimos 100 mil anos, com uma temperatura 1,43°C acima da média de 1850 a 1900.
No Brasil, registramos temperaturas extremamente altas, com uma média de 24,92°C, que é 0,69°C acima da média histórica, influenciada pelo fenômeno El Niño. Neste ano enfrentamos a tragédia do Rio Grande do Sul, que passa por inundações por quase todo estado.
Ribamar Rocha é ambientalista e aponta os maiores desafios que enfrentamos atualmente com mudanças climáticas tão drásticas.“O maior desafio atual é refrear as mudanças climáticas e evitar os extremos climáticos.
Porque não saberemos viver sem utilizar os combustíveis fósseis; sem fazer queimadas e sem as indústrias, onde todos citados emitem gases do efeito estufa continuamente.
Cada vez mais o efeito estufa aumenta a ocorrência dos extremos climáticos de chuvas, ondas de calor ou frio.”

Tânia Martins, coordenadora da Rede Ambiental do Piauí (REAPI), enfatiza a urgência de decretar o desmatamento zero em todos os biomas brasileiros. Segundo ela, o Brasil e o Piauí já têm áreas suficientes para produção agrícola e não precisam desmatar mais nenhum hectare para atender à demanda alimentar do país. Ela destaca que, no Piauí, quase todo o Cerrado já foi perdido para monoculturas como soja e milho, destinados principalmente à alimentação animal no exterior.
“É também urgente criar políticas públicas para adaptar as cidades às mudanças climáticas, já que a maioria da população ainda não entendeu a seriedade do problema. Nós, humanos, precisamos aprender a ser resilientes diante do atual cenário que se desenha mediante o aumento da temperatura dos oceanos. Outra política pública importante diz respeito à gestão da água: criar comitês de bacias hidrográficas para manejar a gestão da água de forma que ela não falte para todos, incluindo os animais. A privatização da água é uma ameaça muito grande ao acesso à água pelos mais pobres.”desabafa.

Reunião da REAPI/ Fonte:Tânia Martins


Tânia também argumenta que há resistência por parte do governo, que não reconhece o esforço da Rede Ambiental do Piauí (REAPI) e acaba desqualificando suas ações, impedindo a participação em iniciativas coletivas e programas voltados à defesa do meio ambiente.Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais evidente a necessidade de agirmos em prol do meio ambiente, não apenas para garantir o futuro da humanidade, mas também para preservar todas as espécies.

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