Empresa originada por pesquisador da UFPI apresenta alternativas de alimentos gerados a partir do bagaço de caju

A Startup Fitofit propõe a fibra do caju como uma solução saudável e saborosa para evitar o desperdício de alimentos.

                                                                                                                           Por Vinicius Lima                                                                     

Fonte: Instagram Fitofit

O bagaço do caju, que antes era rejeitado pela indústria, aparece como uma nova opção para a realização de receitas pela startup (empresa jovem focado em criar um negócio escalável, oferecendo soluções para desafios específicos) a exemplo de hambúrguer, cuscuz, almôndegas, quibes e muito mais. São diversas possibilidades que a fibra do caju proporciona.

De acordo com o cientista farmacêutico e fundador da Fitofit, Lívio Nunes, o caju é colhido e sanitizado (processo que reduz bactérias e micro-organismos). Logo após, ele é prensado, extraindo o suco e o bagaço do caju, que serão aproveitados no desenvolvimento de alimentos. Essa fibra tem uma meia vida de dois anos, o que possibilita ser utilizada mesmo no período que não houver safra da fruta.

Pesquisa aponta que o consumo de fibras alimentares por brasileiros é inferior ao indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). As fibras estão relacionadas a uma série de vantagens, como o bom funcionamento do intestino, regulação dos níveis de glicose no sangue, redução do mau colesterol, entre outras.

O estudante do curso de nutrição da UFPI, Matheus Luiz, trabalha no desenvolvimento de novas receitas oriundas da fibra de caju, como o cookie. Ele afirma que este produto é isento de insumos potenciais alergênicos, devido à ausência do glúten e da lactose, bem como inclui baixo teor de açúcar na sua composição e não utiliza produtos de origem animal, como ovos e manteiga. Sendo, assim, uma escolha saudável aos celíacos (indivíduos alérgicos a glúten, intolerantes à lactose, diabéticos e veganos.

O consumidor da fibra de Caju, Igor Marques, declara: “Consumo este produto há quase um ano e vale muito a pena fazer o pedido, dependendo do seu preparo e modo de cocção o gosto vai ser muito bom. Ademais, a qualidade é muito grande, possuindo menos ingredientes, o que mostra diminuição nos processos envolvidos e maior eficiência na absorção dos nutrientes”.

A fibra do caju é um exemplo notável de como a ciência aliada à inovação pode contribuir para saúde e redução de problemas a nível nacional e global, como o desperdício de alimentos, ao transformar um subproduto em um recurso econômico, sustentável e saudável.

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