11 refugiados receberam certificados de cortes de cabelos, para inclusão no mercado de trabalho local.
Por Eduardo Calado
Os indígenas venezuelanos que se refugiaram em Teresina, após uma crise política, econômica e humanitária que o país tem enfrentado desde o ano de 2013, recebem certificados de oficinas de cortes de cabelos, para inclusão no mercado de trabalho local, cerca de 11 dos refugiados receberam as certificações de capacitação. O projeto de inclusão é uma parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) e a fundação Wall Ferraz.

O cacique venezuelano Camilo, que fez o curso de corte de cabelo, conta que foi utilizada uma didática própria para ajudá-los a se comunicar com os clientes, já que boa parte não fala português fluente.
“Fomos ensinados a conversar com os clientes, desde perguntar como ele está e escolher um dos três tipos de cortes que praticamos”, disse. Camilo ainda faz um apelo, para que a população ajude os que já estão capacitados, para que consigam empregos.”
Dentre os cursos oferecidos estão corte de cabelo, corte e costura, design de sobrancelha, artesanato ou qualquer outro curso que os venezuelanos se mostrarem interessados em se profissionalizar. O diretor do abrigo do bairro Buenos Aires, Paulo Weildson, diz que o principal objetivo do projeto é tirar os refugiados da situação de mendicância nas ruas de Teresina.
“A intenção é que eles possam fazer cada vez mais cursos, se capacitando para o mercado de trabalho, e a ideia tanto da Prefeitura, como da Semcaspi, é proporcionar trabalhos para eles aqui em Teresina, para que eles possam sair dessa situação de mendicância”, informou Paulo.

Ajuda a abrigos
O coordenador do abrigo Paulo Weildson, pede que as pessoas que puderem realizar doações de roupas, alimentos livros e brinquedos para os locais entrem em contato com a Semcaspi, ou nos abrigos mais próximos de sua residência.
